Figura 1 - Representação esquemática de divisão de uma propriedade em glebas ou talhões a serem amostrados.
Quando Coletar
As amostras deverão ser coletadas alguns meses antes do plantio. O ideal é recolher-lhas no início da estação seca (outono/ inverno), respeitando no caso das culturas perenes cerca de 2 (dois) meses após o ultimo parcelamento de adubação.
Tipos de amostra
Amostra simples - É uma pequena quantidade de terra retirada ao acaso em área ou gleba homogênea. Não é recomendada para avaliação da fertilidade do solo, porém pode ser utilizada para fins de classificação de solo (por tradagem ou trincheira).
Amostra composta - É a reunião de várias amostras simples (sub-amostras) colhidas ao acaso dentro de área ou gleba uniforme, que são misturadas para representá-la melhor. Em geral, sempre devem ser coletadas pelo menos 15 (quinze) amostras simples para se fazer uma amostra composta. É a metodologia adequada para avaliação da fertilidade do solo.
Coleta da amostra de solo
Uma vez dividida a propriedade em áreas ou glebas uniformes e após correta identificação de cada gleba, será feita a coleta da amostra. Caminhando em zigue-zague de forma a percorrer toda a área ao acaso, serão coletadas porções de solo de 12 a 20 locais diferentes.
O solo coletado de cada um desses locais (sub-amostras) deverá ser colocado em recipiente limpo, devendo ser bem misturado e dela coletado uma amostra de cerca de meio quilo, que serão condicionados em sacos plásticos devidamente identificados. No caso de amostragens realizadas com equipamentos adequados como trados ou sondas, os quais retiram pequenas porções de terra (mesmo volume pós sub-amostra) e a mesma profundidade, as amostras podem ser colocadas diretamente no saco plástico que será remetido ao laboratório de análises. Essa amostra composta representará uma área ou gleba homogênea da propriedade.
Durante a coleta, deve-se evitar amostrar em locais próximos a casas, brejos, sucos de erosão, formigueiros, caminhos, etc.
Onde retirar a amostra
- Culturas Anuais: metade das amostras na linha misturada com metade das amostras da entrelinha.
- Culturas Perenes: na projeção da copa da entrelinha das plantas.
- Cana-de-Açúcar: em culturas já implantadas retirar as amostras, cerca de um palmo da linha.
Profundidade de Amostragem
Realizar a amostragem em duas duas profundidades: 0-20 e 20-40 cm ou 0-25 cm e 25-50 cm.
Ferramentas para amostragem
Várias ferramentas são utilizadas para retiradas das amostras:
-Trado de rosca, trado de caneca, trado holandês, sonda, trado tubular.
Figura 2 - Ferramentas mais utilizadas para retirar amostras de solos.
Identificação e envio das amostras
Transfira a amostra coletada para um saco plástico limpo e sem contaminantes. Este recipiente deverá estar bem identificado, incluindo informações como o nome da propriedade, a profundidade de amostragem e a data da coleta, por exemplo. Logo após a coleta, fechar o saco plástico e encaminhar para o Laboratório.
ANÁLISE MICROBIOLÓGICA
Para a determinação de parâmetros biológicos as amostras de solo devem ser coletadas com instrumental esterilizado ou desinfestado. A terra com umidade natural deve ser acondicionada em sacos plásticos firmemente amarrados e conservados em geladeira. Deve-se levar as amostras para o laboratório, preferencialmente dentro de 24 horas ou o mais rápido possível.
Amostras de solo para quantificação de esporos de fungos micorrízicos arbusculares serão mais bem preservadas se o solo estiver bem seco.
Amostras de raízes ou de outras partes de plantas devem ser extraídas, lavadas com água corrente e deixadas para uma secagem rápida à sombra. Depois incluir em sacos plásticos bem amarrados e manter em geladeira.
Remessa
As amostras devem ser enviadas rapidamente ao laboratório após a sua coleta, de preferência acondicionadas em geladeira e levadas através de um portador.
Pelo correio recomenda-se usar caixas de isopor para evitar aquecimento.